Criou nos humildes um coração de santo

“Toda santidade consiste em amar Jesus Cristo, nosso Deus, nosso sumo bem e nosso Salvador.” (Santo Afonso Maria de Ligório)

Afonso Maria de Ligório, fundador da Congregação Redentorista, cuja festa celebramos em 1º de agosto, fez seu caminho de conversão a Deus numa atitude concreta de descoberta do Evangelho, do serviço aos pobres e a encarnação no mundo do abandono, em meio aos mais empobrecidos. Este caminho ele o fez após ter sentido em si o amor misericordioso de Deus, a Copiosa Redenção. Sentindo-se redimido, quis levar esta Redenção aos prediletos de Deus.
O ponto de partida não é outro senão o amor, como ele próprio coloca em sua obra fundamental: “Toda santidade consiste em amar Jesus Cristo, nosso Deus, nosso sumo bem. (…) Amor-Palavra que se encarna no Amor-Compaixão e se inclina aos necessitados. Fazendo deste amor Vida de sua vida, ele o concretiza nas mais diferentes formas para deixar fluir este amor, o Cristo que ele experimenta como Redentor.”
Este amor-santidade não é uma filosofia, mas o cotidiano marcado por um projeto que nele age: o projeto do Redentor que ele continua. Afonso se torna uma memória viva e continuação deste Redentor, seguindo sua vida, seus gestos, seus propósitos e sua dedicação. Sua atenção está voltada sempre para que Cristo viva em cada um e seja o Senhor de sua vida.
Afonso não é santo para si, mas com seu povo e para seu povo. Ele torna a santidade acessível a qualquer pessoa, em um tempo em que ela era para uma elite. “Deus quer todos santos, cada um no seu estado de vida: o religioso, como religioso; o casado, como casado; e assim todos os estados de vida.” (Prática do Amor a Jesus Cristo).

Fazer sempre a vontade de Deus
Amar Jesus Cristo é o conteúdo dessa espiritualidade. Não são as penitências, as orações, mas amar a Deus de todo o coração. Afonso tem uma vida penitente, cheia de práticas extremamente coerentes com aquilo que via no seu Redentor. Seu desejo era sempre fazer a vontade de Deus, colocando como pedra fundamental do seu edifício espiritual o desapego, de si e de todas as coisas, como forma possível de realizar a vontade do Pai.
Para ele, a oração é o meio de conseguir a salvação, que alimenta a uniformidade com a vontade de Deus e dá sentido ao desapego. Afonso era todo oração. Rezou, ensinou a rezar, insistiu que se rezasse, sobretudo deixando como herança o método de oração mental, a meditação.
Afonso hoje é para nós exemplo de um homem que viveu a plena confiança em Deus, cultivando em seu coração o zelo pelo Deus Encarnação, pelo Deus apaixonado pelo homem – a ponto de dar sua vida por ele – e pelo Deus Eucaristia.
Fonte: Oliveira, Luiz Carlos, CSSR. Celebrações Redentoristas, CERESP, 2000.

A festa de Santo Afonso Maria de Ligório
será celebrada na Igreja da Glória no dia 1º
de agosto às 18h30, com transmissão pelo
Youtube da Paróquia da Glória.

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