Setembro Amarelo: agir é salvar vidas!

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina, promove pelo oitavo ano consecutivo a campanha do Setembro Amarelo®, com o tema “Agir salva vidas”. A ação, que foi implementada no Brasil em 2014, tem como principal objetivo diminuir índices de suicídio. A iniciativa se estende por todo o mês, tendo como data principal, o dia 10 de setembro – Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
No Brasil, os casos passam de 13 mil por ano, podendo ser bem maiores em decorrência das subnotificações. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo. Já ao que se refere às tentativas, uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três segundos. Em termos numéricos, calcula-se que aproximadamente um milhão de casos de óbitos por suicídio são registrados por ano em todo o mundo.
Durante o mês de setembro, a ABP prepara diversas ações de conscientização sobre o tema, dentre elas estão: eventos online, iluminação de espaços públicos e monumentos com a cor da ação (amarela) e campanha nas redes sociais.
Estudos apontam que em mais de 98% dos casos, o suicídio foi causado por transtornos mentais não tratados corretamente ou não identificados/acompanhados. Cerca de 96,8% estão relacionados à depressão e ao transtorno bipolar. Esse cenário preocupante serve de alerta para que a saúde mental seja um tema importante para a saúde pública.
“Precisamos orientar e conscientizar a sociedade sobre a prevenção do suicídio, por isso, neste mês de setembro, nós concentramos os nossos esforços na prevenção efetiva. A morte por esta causa é uma emergência médica e pode ser evitada através do tratamento adequado do transtorno mental de base”, afirma o presidente da ABP, Antônio Geraldo da Silva.
A morte por suicídio pode e deve ser evitada, mas para isso devemos passar as informações corretamente e de forma responsável para a sociedade. Apenas dessa forma, conseguiremos diminuir os números que são alarmantes.
Para mais informações sobre a campanha Setembro Amarelo® 2021 acesse www.setembroamarelo.com.

Conversar para esclarecer
Para tratar o tema, a Pascom Brasil lança a série Ponto & Vírgula com quatro episódios, que serão divulgados semanalmente às sextas-feiras. Participam da série o coordenador geral da Pascom Brasil, Marcus Tullius, que faz a mediação da conversa com Padre Lício de Araújo Vale, CEO do Instituto Influir, suicidólogo, educador e palestrante e Maria Clara Lira Bezerril, psicóloga especialista em Saúde Mental. Os conteúdos são disponibilizados nos principais agregadores de podcasts – Spotify, Anchor, Apple Podcasts, Google Podcasts, Breaker, Pocket Casts e RadioPublic.
Segundo Marcus Tullius, a iniciativa de trabalhar o setembro amarelo em formato de podcasts surgiu no Grupo de Trabalho (GT) Produção da Pascom Brasil. “No início de agosto, enquanto estávamos planejando os conteúdos para o portal e redes sociais da Pascom do mês de setembro, surgiu a discussão de trazer o tema do setembro amarelo, dados os números altos de pessoas que atentam contra a própria vida, especialmente os mais jovens. Então, decidimos convidar o Padre Lício, que é uma autoridade e referência no assunto. Ele aceitou prontamente o convite e também trouxe a psicóloga Maria Clara, que faz parte do Instituto Influir”, afirmou.
O coordenador geral da Pascom Brasil ainda comenta que a ideia de trazer o tema tem o objetivo de quebrar um pouco do tabu presente na abordagem, especialmente no ambiente eclesial.
“Falar de suicídio ainda é um tabu, infelizmente. Consideramos que por meio desta série de podcasts poderíamos colaborar na conscientização do assunto e comunicar uma mensagem propositiva de que é possível preveni-lo. Quisemos acentuar também a tônica pastoral do assunto, pois muitas vezes não sabemos agir com as pessoas que apresentam transtornos mentais ou comportamentos suicidas. Sabendo que às vezes o pedido de ajuda chega por meio das redes sociais da paróquia ou da diocese, pensamos que seria uma oportunidade de ajudar no acolhimento correto.”

Com informações de www.cnbb.org.br

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