Nota de falecimento do Pe. Élio Athayde, C.Ss.R.

Com pesar, comunicamos o falecimento do Padre Élio da Silva Athayde, C.Ss.R. na manhã desta sexta-feira, 12 de maio, em Belo Horizonte (MG), onde o confrade estava internado para tratamento de um tumor no fígado. O velório será a partir das 16h desta sexta-feira (12/05), no salão paroquial do Santuário São José, em Belo Horizonte, e a missa de corpo presente acontecerá às 21h30, no referido Santuário. Na madrugada, haverá o translado do corpo para Juiz de Fora (MG), onde será realizado o velório na Igreja de Nossa Senhora da Glória, a partir das 8h de sábado (13/05). A Missa de Exéquias será celebrada às 8h30, seguida do sepultamento no Cemitério Redentorista “Passo da Ressurreição”, adjacente ao Cemitério da Glória.

Padre Élio da Silva Athayde, C.Ss.R. foi Pároco da Glória entre os anos 1982 e 1987. Ele nasceu na cidade mineira de Congonhas, no dia 10 de dezembro de 1935, filho do sr. José da Silva Athayde e da sra. Dolores Júlia da Silva. Com o apoio de sua família e ainda menino, com apenas 12 anos de idade, iniciou seus estudos na Congregação Redentorista, em 1948, em sua cidade natal, onde fez o Juvenato. Chamava-lhe a atenção a tradição e seriedade dos Missionários Redentoristas, a disciplina dos seminaristas e a qualidade das apresentações teatrais e musicais. “Era o que mais se admirava na minha terra: a cultura dos padres. Deus me chamou através dessa cultura, lembrando o profeta ‘Tu me seduziste’”, disse Padre Élio certa vez.

Dando sequência à formação, ingressou no Noviciado no atual Provincialado, em Juiz de Fora (MG), mesma cidade em que fez a Profissão Religiosa, no dia 25 de janeiro de 1956. No Seminário da Floresta, cursou Teologia e, aos 29 de janeiro de 1961, foi ordenado presbítero.

Como Missionário Redentorista, percorreu muitos caminhos no anúncio da Copiosa Redenção. Foi nomeado professor dos seminaristas em Santa Rita do Sapucaí (MG), onde a Província mantinha uma casa de formação; vigário paroquial na Paróquia São Sebastião, em Coronel Fabriciano (MG) (1963); vigário paroquial na Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Juiz de Fora (1965); professor dos seminaristas em Congonhas (1966 a 1970); retornou a Coronel Fabriciano como vigário (1971 a 1978); residiu na Itália e na França, onde estudou música (1979 a 1980); foi vigário no Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campos dos Goytacazes (RJ) (1981); pároco na Paróquia Nossa Senhora da Glória, em Juiz de Fora (1982 a 1987); e pároco em Coronel Fabriciano, onde teve fundamental participação na construção da Cocatedral (1988 a 2000). A sua passagem nesta cidade, onde residiu por três períodos de sua trajetória como Redentorista, foi marcante, pois, além de atuar na criação da Cocatedral, criou e regeu o Coral Nova Catedral com 40 vozes e recebeu o título de “Cidadão Honorário” pela Câmara Municipal, em 1996.

Atuou na Diocese de Itaguaí (RJ), onde foi pároco em Seropédica (2001 a 2010) e retornou à Província em 2011, quando passou a residir no Convento de São Geraldo, em Curvelo (MG). De lá, juntamente com o Pe. José Carlos Campos, C.Ss.R. e o Ir. Argemiro Herculano de Melo, C.Ss.R., iniciaram uma comunidade missionária em Frei Gaspar (MG), Diocese de Teófilo Otoni (2012 a 2016). Em 2017, foi transferido para o Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Campos dos Goytacazes (RJ), onde permaneceu até o início de 2023. Nos últimos meses, estava morando no Convento de São José, em Belo Horizonte (MG), para tratamento de saúde.

De suas lembranças, sempre destacava a formação recebida pelos Redentoristas holandeses, “fabulosos na cultura, na disciplina e na constância das coisas que faziam”. Em sua memória, carregava uma admiração especial pelo Padre Gregório, diretor do seminário em que estudou, e por Dom Lelis Lara, C.Ss.R., “homem de uma virtude evidente”, com o qual pôde conviver e ajudar a construir a Cocatedral de Fabriciano. “Agradeço a Deus o carinho de me ter proporcionado dádiva tão grande, de ter recebido uma formação tão esmerada, num ambiente tão saudável e educativo! Sempre me senti muito agradecido a Deus por tudo! O carinho dEle para comigo transborda!”, disse o sacerdote em vida.

Brilhante músico e compositor, ainda na infância iniciou a sua relação com o cenário musical. A influência partiu de sua mãe, que, semianalfabeta, compunha de ouvido marchinhas de carnaval para as irmãs de Padre Élio dançarem. Na escola, aprendeu sozinho a tocar alguns instrumentos de sopro. Dedicou-se às aulas de violino com o Padre holandês Anselmo Menders, durante quatro anos, e aos estudos de música no exterior. Foi violinista da Orquestra Filarmônica de Juiz de Fora durante quatro anos. Compôs cerca de 40 músicas, gravou quatro discos de vinil e cinco CDs com a Congregação Redentorista e também com as Irmãs Paulinas. Muitas de suas composições são bastante conhecidas no cancioneiro católico. Uma delas é a canção “Paz, paz de Cristo”, também chamada de “Abraço da Paz”, tradicionalmente tocada durante as missas.

O legado de Padre Élio passa pelas profundas marcas que deixou em cada lugar onde atuou. Seus dons, suas potencialidades, a atividade, criatividade, lucidez e alegria com que conduzia o seu caminhar consolidaram a missão à qual foi chamado a assumir por Deus. Peculiar em seu jeito de ser, cumpriu, do início ao fim, a sua proposta vocacional: “Senhor Jesus, que eu seja luz para os que erram; conforto para os que sofrem; vida para os que não a querem viver”.

Descanse em paz!

Fonte: www.provinciadorio.org.br

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