N’Ele é abundante a Redenção!

No dia 19 de julho, é comemorada a festa do Santíssimo Redentor, a celebração titular da Congregação do Santíssimo Redentor. Esta data recorda a mensagem fundamental da proclamação missionária: a de que Deus ama tanto o mundo que enviou o seu único Filho para que ninguém se perca, mas para que todos possam ser salvos por Ele.
“Obrigam-se todos os Redentoristas, seguindo sempre o magistério da Igreja, a serem, entre os homens, servos humildes e audazes do Evangelho de Cristo, Redentor e Senhor, princípio e modelo da nova humanidade. Esse anúncio visa especialmente a copiosa redenção, isto é, o amor de Deus Pai ‘que nos amou primeiro, e nos enviou seu Filho, como propiciação pelos nossos pecados’ (1Jo 4,10) e que pelo Espírito Santo vivifica a todos os que n’Ele creem. Essa redenção atinge o homem todo, aperfeiçoa e transfigura todos os valores humanos, para que todas as coisas sejam recapituladas em Cristo (cf. Ef 1,10; 1Cor 3,23) e conduzidas a seu fim: uma nova terra e um novo céu (cf. Ap 21,1)”. (Constituições CSSR)

“Copiosa apud eum redemptio”
A frase do Salmo 129, versículo 7 integra o escudo da Congregação Redentorista presente no Altar-Mor da Igreja da Glória, abaixo do sacrário.
Nos textos legislativos da Congregação Redentorista (Regras de 1749, Constituições de 1764, Constituições e Estatutos de 1982), não há nada sobre o brasão de armas da Congregação. Somente do selo é falado. Mas esse selo sempre foi usado como escudo da Congregação.
O Estatuto 06 da Congregação Redentorista, que reproduz substancialmente a Constituição 717 de 1764, define o selo assim:
“O selo da Congregação é formado por uma cruz com a lança e a esponja, colocada em três montanhas; nos lados da cruz estão os nomes abreviados de Jesus e Maria; na cruz, um olho com raios de luz e acima de tudo uma coroa. Em volta do selo está escrito: “Copiosa Apud Eum Redemptio” (cf. Salmo 129,7)”.

Origem
Desde o início da fundação da Congregação Redentorista, em 1732, havia a necessidade de um selo para garantir legalmente os documentos que deviam ser apresentados às autoridades civis ou religiosas para aprovação do instituto, suas regras e novas fundações. Para isso, Afonso e seus primeiros companheiros escolheram alguns símbolos religiosos que, de alguma forma, indicavam a ideia ou o objetivo do novo instituto, acrescentando alguns elementos decorativos que mais ou menos seguiam as regras da heráldica.
A elaboração do selo levou vários anos. Na Casa Anastasio, em Scala (Itália), há uma imagem em grafite atribuída ao irmão Vito Curzio, considerado o primeiro brasão de armas do instituto. Na parede, ao lado da fornalha, você pode ver a cruz em uma colina, a lança, a esponja, uma escada, com a data de 1738. O selo da Congregação era praticamente definido antes da aprovação pontifícia das Regras (1749), conforme atas da Assembleia Capitular de 1747.

O escudo e seu simbolismo
Nunca houve uma explicação oficial dos elementos que constituem o selo ou escudo do instituto. Os elementos simbólicos que o compõem representam a obra de redenção realizada por Jesus Cristo e que o instituto deve anunciar sob a proteção de Maria. Daí a cruz na montanha com a lança e a esponja, os nomes de Jesus e Maria e a inscrição “Copiosa apud eum redemptio”.
Na heráldica, um olho dentro de um triângulo equilátero é símbolo da Trindade. Sem o triângulo, o olho também pode ser interpretado como o olhar misericordioso de Deus sobre a humanidade, a providência divina. Elementos heráldicos, complementares ou ornamentais podem ser considerados a coroa (do marquês) e o ramo da palmeira, ou o louro e a oliveira. A coroa no escudo pode ser interpretada como a coroa da glória que ele merece com perseverança em sua vocação. E a mesma interpretação de triunfo e prêmio pode ser dada à palmeira, à azeitona e ao louro. Os três cumes da montanha não têm valor simbólico especial; é a maneira normal de representar uma montanha de acordo com as regras da heráldica.
Os símbolos escolhidos são justificados por si mesmos como uma expressão do propósito e da espiritualidade de um instituto missionário sob o nome do Santíssimo Redentor.

Prova de amor
Afonso usa essas palavras do salmo em seus escritos, sempre com a intenção declarada de estimular a confiança do pecador na infinita misericórdia de Deus, porque através de Jesus Cristo, com a obra da redenção, ele demonstrou seu imenso amor por todos os homens. perdoando seus pecados e tornando-os seus filhos. Redenção é prova de que Deus nos ama e tem piedade de nós, porque ele nos perdoa e nos inunda de coisas boas.
Em seu livro Tradução dos Salmos e Cânticos do Ofício Divino, na introdução ao Salmo 129, Afonso indica o significado fundamental deste salmo como uma expressão da confiança do pecador na misericórdia divina por meio de Jesus Cristo: “Neste salmo, os judeus são retratados antes da libertação da escravidão na Babilônia. Serve, portanto, para todo pecador que, oprimido pelo peso de seus pecados, pede ajuda a Deus”.
E sobre o versículo 7 e seguintes, Santo Afonso assim comenta: “Aqui o profeta indica o fundamento de todas as nossas esperanças, que é o sangue de Cristo, com o qual ele deveria redimir a humanidade. É por isso que Ele diz: porque a misericórdia de Deus é infinita, Ele pode muito bem nos redimir de todos os nossos males com ajuda abundante”.
A redenção é abundante não apenas porque nos liberta do pecado e de todos os seus efeitos, mas também porque nos dá uma nova vida em Cristo. Isso é expresso por Afonso quando conecta o versículo 7 do Salmo 129 com outros textos que falam da “abundância” da graça e da nova vida, especialmente Jo 10,10: “Eu vim para que eles tenham vida e a tenham em abundância”. E Rm 5,20: “Onde o pecado abundou, a graça abundou ainda mais”.

O Redentor do homem
Nesse mesmo sentido, São João Paulo II se expressa em suas mensagens aos Redentoristas. Por ocasião do segundo centenário da morte de Santo Afonso (1987), o então Papa convidou os redentoristas a falar em todas as suas atividades apostólicas “de Deus Pai, que é rico em misericórdia” e da “copiosa redenção de Cristo, o Redentor do homem”.
Mais explicitamente, por ocasião do terceiro centenário do nascimento de Santo Afonso (1996), o Papa define o significado fundamental da copiosa redenção como misericórdia e amor de Deus pela humanidade: “É necessário enfatizar, como Santo Afonso, a centralidade de Cristo como um mistério da misericórdia do Pai em toda a pastoral. Os redentoristas nunca devem se cansar de anunciar a copiosa redenção, ou seja, o amor infinito com o qual Deus em Cristo se inclina para a humanidade, começando sempre pelos que mais precisam ser curados e libertados, porque são mais marcados pelas terríveis consequências do pecado”.

Fonte: www.cssr.news

Vamos celebrar a Festa do Santíssimo Redentor no dia 19 de julho,
com missa às 10h, transmitida pelo Youtube da Paróquia da Glória.

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