Entre os dias 5 e 8 de setembro, a Capela São Roque celebra a festa de seu padroeiro. Neste ano, os festejos acontecem em setembro, em razão das celebrações dos 100 anos de construção da Igreja da Glória, que aconteceram entre os dias 11 e 18 de agosto.
Com o tema “São Roque: Modelo de fé e unidade na oração”, a festa terá um tríduo preparatório, presidido pelo Pe. Sérgio Luiz e Silva, C.Ss.R, atual Pároco da Igreja Santo Afonso (RJ) e Pároco da Glória entre os anos de 2012 e 2018. Haverá bênção da água, dos pães, das famílias e a tradicional bênção dos animais de estimação, no sábado, 7 de setembro. No domingo, dia 8, a Procissão pelas ruas do entorno da Capela, seguida de Missa Solene presidida pelo Pároco, Pe. Carlos Viol, C.Ss.R.
Confira a programação completa:
Herança italiana
A devoção a São Roque foi introduzida na cidade pelos colonos italianos, que em 1902 fundaram a Irmandade de São Roque e decidiram iniciar a construção de uma capela em honra ao santo, mesmo sem autorização da autoridade eclesiástica local.
A obra teve início em 1904, em um terreno no Largo do Riachuelo, hoje Largo de São Roque. Em 1907, os trabalhos foram concluídos, e a capela ficou subordinada aos padres redentoristas, que tinham chegado a Juiz de Fora poucos anos antes. Tudo ia bem até 1911, quando a Irmandade de São Roque decidiu trazer um padre italiano para celebrar missas na capela, suprindo a lacuna da falta de sacerdotes para as celebrações locais, o que contrariou as autoridades da Igreja.
Várias reconciliações foram tentadas até que, em 1920, foi realizada a bênção solene da Igreja de São Roque. A capela é tombada como patrimônio municipal, por seu valor histórico e cultural.
Protetor contra as pestes
São Roque nasceu na França em 1295. Perdendo os pais ainda jovem, renunciou à nobreza e distribuiu seu patrimônio aos pobres.
Aos 20 anos, saiu de sua cidade, Montpellier, dirigindo-se a Roma e à Terra Santa em peregrinação de penitência. Durante a viagem, deparou com a peste negra e se colocou à disposição dos doentes, consolando-os e curando-os em nome de Jesus. No entanto, ele também contraiu a doença e retirou-se para um bosque. Curado miraculosamente por Deus, durante este período, foi alimentado por um cão. Morreu aos 32 anos.
São Roque é considerado protetor contra as doenças e pestes.
