Não se pode falar da história espiritual de Juiz de Fora sem se pensar na devoção à Nossa Senhora da Glória.
Quando aqui chegaram, em meados de 1858, contratados pela Companhia União e Indústria para a formação da Colônia Dom Pedro II, os imigrantes germânicos, vindos dos antigos Estados Alemães e do Tirol Austríaco, encontraram, junto aos armazéns da empresa, nas cercanias da atual Estação de Mariano Procópio, uma pequenina capela dedicada a esta devoção mariana, que, já antiga em terras brasileiras, foi, logo, por eles carinhosamente adotada.
Com a construção da primitiva Igreja da Glória no então Morro da Gratidão, a chamada “Igreja dos Alemães”, em 1878, e a chegada dos primeiros Missionários Redentoristas, vindos da Holanda, em 1893, além da elevação da capelania à curato no ano seguinte, a devoção até então concentrada no âmbito da colônia encontra acolhida cada vez maior na cidade e seu povo se coloca filialmente sob a proteção da Mãe de Deus sob o título de Senhora da Glória.
Quando, em 1920, cessadas as restrições impostas pela Primeira Grande Guerra e a pandemia de gripe espanhola, teve início a construção do atual templo, todo o povo de Juiz de Fora, incluídas todas as camadas da sociedade, e também de outras cidades da região, em tributo de gratidão e amor à sua protetora, se envolveu na arrecadação de recursos para que a obra se desse de forma monumental, em tempo recorde de apenas quatro anos.
Ao longo dos anos, muitos artistas se inspiraram na beleza arquitetônica do templo, que se tornou verdadeira marca da identidade juiz-forana, para criarem seus quadros e comporem suas fotografias. Entretanto, fato pouquíssimo conhecido das pessoas diz respeito à autoria do tradicional Hino a Nossa Senhora da Glória, que todos os anos é entoado pelos fiéis por ocasião dos festejos em honra da padroeira.
Não se pode falar da história espiritual de Juiz de Fora sem se pensar na devoção à Nossa Senhora da Glória.
Quando aqui chegaram, em meados de 1858, contratados pela Companhia União e Indústria para a formação da Colônia Dom Pedro II, os imigrantes germânicos, vindos dos antigos Estados Alemães e do Tirol Austríaco, encontraram, junto aos armazéns da empresa, nas cercanias da atual Estação de Mariano Procópio, uma pequenina capela dedicada a esta devoção mariana, que, já antiga em terras brasileiras, foi, logo, por eles carinhosamente adotada.
Com a construção da primitiva Igreja da Glória no então Morro da Gratidão, a chamada “Igreja dos Alemães”, em 1878, e a chegada dos primeiros Missionários Redentoristas, vindos da Holanda, em 1893, além da elevação da capelania à curato no ano seguinte, a devoção até então concentrada no âmbito da colônia encontra acolhida cada vez maior na cidade e seu povo se coloca filialmente sob a proteção da Mãe de Deus sob o título de Senhora da Glória.
Quando, em 1920, cessadas as restrições impostas pela Primeira Grande Guerra e a pandemia de gripe espanhola, teve início a construção do atual templo, todo o povo de Juiz de Fora, incluídas todas as camadas da sociedade, e também de outras cidades da região, em tributo de gratidão e amor à sua protetora, se envolveu na arrecadação de recursos para que a obra se desse de forma monumental, em tempo recorde de apenas quatro anos.
Ao longo dos anos, muitos artistas se inspiraram na beleza arquitetônica do templo, que se tornou verdadeira marca da identidade juiz-forana, para criarem seus quadros e comporem suas fotografias. Entretanto, fato pouquíssimo conhecido das pessoas diz respeito à autoria do tradicional Hino a Nossa Senhora da Glória, que todos os anos é entoado pelos fiéis por ocasião dos festejos em honra da padroeira.
Com sua letra escrita pelo poeta paulista Lindolfo Gomes (foto) e sua música composta pelo maestro Euclides de Brito, o Hino a Nossa Senhora da Glória foi especialmente criado para as comemorações das “Bodas de Ouro” da elevação da Igreja da Glória à curato independente da Paróquia de Santo Antônio (situação canônica, que na prática, lhe conferiu o status de paróquia), ocorrido em 1944.
Nascido em Guaratinguetá, em 1875 e falecido em Juiz de Fora, no ano de 1958, Lindolfo Gomes, além de poeta, foi professor, filósofo, folclorista e jornalista. Em nossa cidade, sua atuação foi marcante, além ter sido membro fundador da Academia Mineira de Letras, é o autor da letra de um outro hino muito conhecido de todos os filhos da terra, cuja música foi composta por C. Duque Bicalho: o Hino de Juiz de Fora.
Se neste hino Lindolfo Gomes exalta os encantos da chamada “Princesa de Minas”, através do valor de seus operosos filhos, que na cultura e no trabalho, abençoada por Cristo, sob o sol da religião, caminha na vanguarda do progresso, no Hino a Nossa Senhora da Glória, o poeta, tece em preces, louvores e gratidão à Mãe de Jesus, aquela que é a Estrela que nos conduz ao seu filho.
Que seja hoje, mais do que nunca, mesmo em meio ao isolamento social forçado pela pandemia da Covid-19, entoado com todo fervor o hino que, há mais de 70 anos, não nos deixa esquecer que ao pecador que a clama Maria nunca deixa de salvar!
Viva a Senhora da Glória! Viva a “Estrela que nos conduz”!
Ouça o hino de Nossa Senhora da Glória
Nathan Ramalho dos Reis
Pascom